Blog do InfoAmazonia

Investimentos para preservação da Amazônia despencam no governo Dilma
Comentários Comente

InfoAmazonia

Os gastos federais em iniciativas de controle do desmatamento e preservação da Amazônia foram 3,6 menores no primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014) em relação ao desembolsado no segundo mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva (2007-2010). Ainda assim, o país registrou as menores taxas de desmatamento desde a redemocratização, em 1988, com a continuidade das políticas de fiscalização. As conclusões são do estudo “A Política do Desmatamento”, coordenado pelo InfoAmazonia e lançado nesta terça-feira (31) em São Paulo.

Publicado em uma plataforma multimídia para a internet, o trabalho analisa, com profundidade, a era moderna do desmatamento na Amazônia e aponta sucessos e falhas da estratégia oficial de combate às ameaças na porção brasileira do bioma. No site, especialmente desenvolvido pela equipe do InfoAmazonia, é possível ler os destaques da pesquisa, buscar informações por fases do estudo, ouvir depoimentos de especialistas e assistir a vídeos históricos da região. A narrativa foi organizada em um formato de linha do tempo. 497


Os três municípios com mais alertas de desmatamento em fevereiro
Comentários Comente

InfoAmazonia

O Imazon, organização não governamental que monitora o desmatamento da Amazônia através de seu Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), acaba de divulgar seu último boletim, referente ao mês de fevereiro de 2015.

De acordo com o levantamento da ONG, no período analisado, foram detectados pelo SAD 42 quilômetros quadrados (Km²) de alertas de desmatamento na Amazônia Legal, o que representa um aumento de 282% em relação a fevereiro de 2014. Os alertas de desmatamento acumulados entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015, ou seja nos sete primeiros meses do calendário de mensuração das derrubadas, são iguais a 1702 km². Isto representa um crescimento de 215% do desmatamento sobre o mesmo período anterior (agosto 2013 a fevereiro 2014), quando o total atingiu 540 km². 476

Tags : imazon SAD


Infoamazônia atualiza mapa de alertas oficiais de desmatamento
Comentários Comente

InfoAmazonia

por Stefano Wrobleski

O Infoamazonia atualizou, na última sexta-feira (20), o mapa de alertas de desmatamentos do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Com os novos dados, o mapa agora inclui os polígonos de desmatamento detectados até outubro de 2014. A divulgação segue o novo cronograma determinado em novembro pelo INPE. Os dados mostram um aumento de 65% em 2014 na área total dos alertas de desmatamento, em comparação com 2013. 442


Com moratória na Amazônia, soja exportada à Europa migra para o Cerrado
Comentários Comente

InfoAmazonia

por Stefano Wrobleski

Apesar de ser o segundo maior consumidor global da soja produzida no Brasil, a União Europeia têm um impacto ambiental proporcionalmente maior que a China, o principal importador do grão brasileiro. A conclusão é de uma equipe de pesquisadores do Instituto Ambiental de Estocolmo, na Suécia, que desenvolveu um modelo que aumenta a precisão de informações sobre os locais de produção de commodities e seus consumidores.

Impacto ambiental da soja exportada à União Europeia é proporcionalmente maior que a da China

Impacto ambiental da soja exportada à União Europeia é proporcionalmente maior que a da China (Foto: Arquivo ABr)

425


Rede de sensores vai monitorar qualidade d’água das comunidades na Amazônia
Comentários Comente

VJ pixel

O primeiro protótipo do sensor de qualidade de água do projeto Rede InfoAmazônia. Foto: Gustavo Faleiros

O primeiro protótipo do sensor de qualidade de água do projeto Rede InfoAmazônia. Foto: Gustavo Faleiros

A plataforma InfoAmazonia foi lançada em 2012 para agregar notícias e dados georeferenciados, utilizando mapas para contextualizar as informações sobre os principais temas dos 9 países da região Amazônica. Ao exibir essas notícias sobre um mapa, a intenção é criar diálogo entre informações científicas e jornalísticas para propiciar ao público elementos a uma reflexão critica sobre os rumos do desenvolvimento no bioma. O trabalho do InfoAmazonia serviu de inspiração a outros projetos ao redor do mundo. Através do Laboratório de Geojornalismo ajudamos a lançar plataformas de monitoramento ambiental na África, Ásia e America Latina. 329


Alertas de desmatamento continuam em alta, diz Imazon
Comentários Comente

InfoAmazonia

Texto originalmente publicado no site ((o))eco, por Daniele Bragança

Desmatamento flagrado na Terra Indígena Manoki, em Mato Grosso. Foto: Ibama/MT

Desmatamento flagrado na Terra Indígena Manoki, em Mato Grosso. Foto: Ibama/MT

O Imazon faz o monitoramento independente do desmatamento na Amazônia Legal e divulgou, nesta quinta-feira (12/02), o balanço dos alertas para janeiro de 2015. Os números continuam ruins para a floresta.

Em janeiro foram detectados 288 Km² de perda florestal, contra 109 km² registrados em janeiro de 2014: um crescimento de 169%. Este é o sexto aumento consecutivo na taxa, que vem apresentado tendência de alta desde agosto, o primeiro mês do ano-calendário de medição do desmatamento na Amazônia Legal. O calendário vai de agosto até julho do ano seguinte – neste caso, julho de 2015. 405

Tags : imazon


Assassinato de freira defensora da Amazônia Dorothy Stang completa 10 anos
Comentários Comente

InfoAmazonia

por Stefano Wrobleski

Dorothy-Stang1O assassinato de Dorothy Mae Stang completou dez anos. Irmã Dorothy, como era conhecida, morreu em 12 de fevereiro de 2005 aos 73 anos depois de ser atingida por seis tiros dentro de Esperança, uma reserva do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ativista dos direitos socioambientais, Dorothy pressionou por anos pela criação da área – um modelo de desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Ela começou a irritar muita gente com isso”, lembra o Padre José Amaro Lopes de Souza, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que trabalhou com Dorothy por 15 anos.

Os 26 mil hectares que hoje perfazem o local ficam no município paraense de Anapu, a cerca de 600 quilômetros de Belém. Ali, 261 famílias extraem da floresta o que precisam e plantam em até 20% da área, mantendo um compromisso de manter os demais 80%. “A exploração é feita com a preservação da mata. O corte da madeira é feito só em um lugar e não é raso. Quando o agricultor volta para o segundo corte, a mata já está regenerada”, conta Gercino José da Silva Filho, ouvidor nacional agrário desde 1999.

O assentamento das famílias provocou um acirramento dos conflitos fundiários na região, que já eram intensos. Segundo estudo de 1999 do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Pará é um dos estados com o maior número de terras griladas no país, com cerca de 30 milhões de hectares em situação irregular – o que equivale a cerca de um quarto de toda a área do estado, de 124 milhões de hectares. 379


Cinco projetos de lei no Congresso podem afetar negativamente a Amazônia
Comentários Comente

InfoAmazonia

por Stefano Wrobleski

Em 2014, protestos de movimentos sociais, como a invasão do Congresso por lideranças indígenas, fizeram com que as discussões parlamentares em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000 fossem sucessivamente canceladas. A matéria, em tramitação na Câmara dos Deputados, retira do Presidente da República a competência pela demarcação de terras indígenas, transferindo-a ao Congresso Nacional. Embora as fortes mobilizações tenham feito com que o projeto fosse arquivado, ele deve voltar à pauta da Câmara em 2015, avaliam organizações não governamentais (ONGs) ouvidas por Infoamazonia. Além da PEC 215, outras quatro matérias podem voltar a tramitar neste ano e, se aprovadas, trazer impactos negativos para a Amazônia.

Em manifestação contra a PEC 215, indígenas tentaram ocupar o Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados (16/12/2014)

Em manifestação contra a PEC 215, indígenas tentaram ocupar o Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados (16/12/2014)

357


Com seca e ano mais quente da história, queimadas sobem 60% no Brasil
Comentários Comente

InfoAmazonia

por Stefano Wrobleski

O número de focos de queimada no país voltou crescer em 2014, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Foram 183 mil incêndios detectados pelos satélites ao longo do ano – 60% a mais do que 2013, quando o número de queimadas havia alcançado o menor valor desde 2000.

Confira o histórico de incêndios na Amazônia, mês a mês, desde 2012 clicando na imagem abaixo

Incêndios na Amazônia

“O aumento (de queimadas) se deu por conta do calor, ainda que 2014 não tenha sido um dos piores anos desde o início da série histórica”, afirma Fabiano Morelli, técnico-sênior do programa de monitoramento de queimadas do INPE. Embora tenha elevado, o número de focos de calor de 2014 ficou distante dos recordes de queimada atingidos em 2010, 2007 e 2002, quando as ocorrência supereram 220 mil pontos.

“Em especial, este aumento se deu devido ao clima seco, com falta de chuva em algumas regiões”, explica. O especialista ainda esclarece que o crescimento foi generalizado e ocorreu em todos os estados do país.

A medição de focos de queimadas no país para 2014 ficou acima da média histórica, que é de 172 mil pontos por ano. Os dados são tabulados desde junho de 1998. De acordo com Fabiano, o crescimento nas queimadas está “diretamente relacionado” com a constatação de que 2014 foi ano mais quente no planeta desde 1880:  “a vegetação fica mais suscetível”, diz.

De acordo com o levantamento da NOAA ( Agência para Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos ), a temperatura média da superfície da Terra esteve 0,69 °C acima da média do século XX.

Crescimento continua em janeiro

Janeiro de 2015 ainda não terminou, mas já figura em terceiro lugar em número de focos de queimadas para este mês desde 1999. Até agora foram detectados 3.293 focos de calor pelo INPE, uma quantidade 55% maior do a que a média do período – 2.116 focos.

“É um valor bastante alarmante, que reflete um aumento de incêndios ocorrido em todos os estados, com exceção do Rio Grande do Norte e da Paraíba”, diz Fabiano. O crescimento, contudo, ainda não pode ser visto como uma tendência para o ano, segundo o tecnologista: “O primeiro semestre do ano representa cerca de 5% das queimadas de todo o ano. O período crítico vai de junho a setembro, que são meses mais secos. Até lá, pode haver uma mudança no clima e voltar a chover”.

Mapa interativo das queimadas. Use o mouse para ver os dados e ferramenta de zoom para aproximar


Imazon: desmatamento aumenta pelo quinto mês consecutivo
Comentários Comente

InfoAmazonia

Texto originalmente publicado no site ((o))eco

Dados do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) do Imazon, apurados no período entre agosto e dezembro de 2014, mostram um padrão: são 5 meses seguidos de aumento, 4 deles com taxas acima de 100%. O resultado de dezembro de 2014 foi o menos ruim: 95 quilômetros quadrados de perda contra 56 em dezembro/2013, um crescimento de 70%. O Imazon faz monitoramento independente do desmatamento na Amazônia Legal.

Os aumentos foram: agosto, 136%; setembro, 290%; outubro, 247%; novembro, 467% (o maior pico); e dezembro, 70%, a menor taxa do período (veja gráfico abaixo). Agosto é o mês em que começa o ano-calendário de medição do desmatamento na Amazônia Legal, que vai até julho do ano seguinte.

Ao todo, nesse período de 5 meses, a derrubada de floresta atingiu 1.373 quilômetros quadrados, contra 424 detectados no mesmo período anterior (agosto-dezembro/2013), uma subida de 224%.

Desmate por estados e municípios

Na divisão entre os estados, Mato Grosso e Pará se destacam. Juntos, eles respondem por cerca de 80% do total. O Mato Grosso representa 52% da perda de floresta (50 km²), seguido do Pará 27% (ou 26 km²), Roraima 12% (ou 11 km²) e Rondônia 9% (ou 8 km²).

Mapa do desmatamento Mato Grosso

Mapa do desmatamento no Pará

A tabela abaixo mostra a área desmatada nos períodos agosto-dezembro/2013 e agosto-dezembro/2014. No acumulado destes últimos 5 meses, em termos de área absoluta desmatada, o Pará vence o Mato Grosso por um triz, 369 km2 contra 362 km2. Em compensação em percentual de aumento contra o mesmo período anterior, Mato Grosso está muito à frente, com 610% de crescimento contra 262% do Pará. O único estado que apresentou variação negativa foi Tocantins (veja tabela abaixo)

tabela-desmatamento

Os municípios que aparecem na ranking dos 10 maiores desmatadores em dezembro foram responsáveis pela perda de 56 km² de florestas, 60% de um total de 95 km².

Entre os 10 municípios que mais desmataram, Feliz Natal (MT), Portel (PA), Vilhena (RO) e Rorainópolis (RR) lideram o ranking.

Mato Grosso aparece 5 vezes na lista (Feliz Natal, Nova Maringá, Alta Floresta, Tapuraf e Itaúba), contra 3 do Pará (Portel, Ipixuna do Pará e Goianésia do Pará), 1 de Rondônia (Vilhena) e 1 de Roraima (Rorainópolis).

Link para o Boletim do Desmatamento do SAD – Dezembro 2014 – PDF produzido pelo Imazon