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Mapa interativo: novos dados do desmatamento já disponíveis no InfoAmazonia
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Gustavo Faleiros

Trator em chamas durante operação do Ibama contra desmatamento ilegal no Mato Grosso em 2016. Foto: divulgação

Trator em chamas durante operação do Ibama contra desmatamento ilegal no Mato Grosso em 2016. Foto: divulgação


Os novos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estão agora disponíveis para visualização nos mapas interativos do InfoAmazonia. Entre agosto de 2015 e julho de 2016, houve um aumento de 29% na taxa oficial do desmatamento utilizada como referência pelo governo federal. O total da área desmatada foi de 7989 km2, área correspondente a cinco vezes a cidade de São Paulo.

A taxa ainda passará por validação e os dados finais serão divulgados pelo INPE em 2017.

Os principais estados que impulsionaram este crescimento foram o Pará (alta de 41%), Rondônia (35%) e o Amazonas (54%). Este último, apesar da aceleração, ainda tem derrubadas inferiores ao Mato Grosso, onde o desmatamento ficou estável.

Este é o segundo aumento consecutivo do desflorestamento, o que indica uma retomada das altas taxas de destruição da Amazônia após uma década de reduções contínuas.

Mapa dos polígonos do desmatamento entre agosto de 2015 e julho de 2016. Utilize o seletor de camadas para incluir as terras indígenas, unidades de conservação e assentamentos do INCRA.

Mapa da série histórica do desmatamento

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A Política do Desmatamento

Novo Código Florestal foi o responsável pelo crescimento do desmatamento – O Eco

Tags : inpe prodes


Fato inédito, desmatamento na Amazônia cresce mesmo com recessão econômica
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Gustavo Faleiros

Agente do Ibama em fiscalização de madeireiras em Paragominas, Pará. Foto: Ibama/divulgação

Agente do Ibama em fiscalização de madeireiras em Paragominas, Pará. Foto: Ibama/divulgação

Na coletiva de imprensa que convocou depois do fim do expediente (às 18h30 desta quinta dia 26) para anunciar a taxa anual de desmatamento da Amazônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, confessou aos repórteres que estava surpresa com o resultado que apresentava.

De acordo com os dados apurados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o corte raso de florestas nos estados amazônicos aumentou 16% entre agosto de 2014 e julho de 2015. O total de florestas suprimidas é de 5831 km2 contra 5012 km2 no biênio 2013-2014. A área destruída equivale aproximadamente a 5 cidades do tamanho de São Paulo.

É difícil, entretanto, acreditar na surpresa expressa pela ministra. O incremento do desmate na Amazônia era esperado, afinal os alertas mensais de desmatamento – mensurados pelo sistema DETER – cresceram 68% em 2015. A taxa anual constatou o que já havia sido apontado: a volta da derrubada de grandes áreas, acima de 1000 hectares, o retorno do Mato Grosso como principal estado desmatador e o avanço rápido da fronteira de destruição no sul do Amazonas.

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Maior em 6 anos, número de alertas de desmatamento cresce 68% em 2015
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InfoAmazonia

Por Stefano Wrobleski

O ano acaba de terminar para o calendário da contagem do desmatamento na Amazônia. De acordo com dados do próprio governo, o número de alertas de desflorestamento é 68% maior nos últimos 12 meses – entre agosto de 2014 e julho de 2015, comparados ao período anterior. Foram destruídos 5.121km² de florestas, ante 3.036km² devastados de agosto de 2013 a julho de 2014. É o maior desmatamento verificado pelo Deter nos últimos seis anos. A área equivale a aproximadamente a 3,5 vezes o tamanho do município de São Paulo (1.522 km²).

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (31) e obtidos através do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, o Deter, que é mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Os alertas de desmatamento do Deter para a Amazônia Legal mantiveram a tendência verificada por este blog até abril de 2015, quando já somavam 90% da contagem total de 2014. Naquele momento, a temporada do desmatamento nem havia começado: quase metade (46%) de todo o desmatamento detectado nos 12 últimos pelo Deter esteve concentrado entre maio de julho de 2015. O período de seca na Amazônia e a entressafra da soja são parte da explicação.

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Por que o governo divulga a taxa de desmatamento da Amazônia duas vezes?
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InfoAmazonia

por Stefano Wrobleski

Ministros Aldo Rebelo (MCTI) e Izabella Teixeira (MMA) anunciam o resultado final do Prodes de 2014. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ministros Aldo Rebelo (MCTI) e Izabella Teixeira (MMA) anunciam o resultado final do Prodes de 2014. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No último dia 14 de agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresentou a taxa de desmatamento oficial e consolidada da Amazônia brasileira entre agosto de 2013 e julho de 2014. No período a floresta perdeu 5.012 quilômetros quadrados – o segundo menor valor desde 1988. O resultado é 3% maior do que o número anunciado em novembro de 2014. A taxa é medida pelo Programa de Monitoramento da Amazônia por Satélites (Prodes).

De acordo com Dalton Valeriano, coordenador do Programa Amazônia do INPE, a diferença entre os números acontece porque os dados apresentados em novembro são resultado de estimativas. Com base na verificação do desmatamento de parte das imagens de satélite do bioma, o INPE avalia a provável quantidade perdida de florestas em toda a Amazônia Legal. “O 3% é um índice maravilhoso, porque o primeiro [número apresentado em 2014] é uma estimativa. O segundo que é realmente o mapa completo”, afirma.

O uso de estimativas oficiais para os dados de desmatamento na Amazônia brasileira começou em 1995, quando o Prodes demorava até um ano e nove meses para ser liberado. A partir daquele ano, a espera pelas indicações de onde e quanto a devastação da floresta havia avançado foi reduzida em um ano, o que facilitaria o direcionamento de verbas públicas no combate ao desmatamento.

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A boa notícia na manga de Dilma: desmatamento cai 18% em 2014
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Gustavo Faleiros

Realmente surpreende a taxa oficial de desmatamento na Amazônia divulgada nesta tarde de quarta (26) em Brasília pela ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. O total de áreas desflorestadas com corte raso, medidas pelo Programa de Monitoramento da Amazônia por Satélites (PRODES), apresentou uma queda de 17,7% entre agosto de 2013 e julho de 2014 em comparação com o mesmo período anterior.

A notícia já havia sido adiantada durante as eleições pela presidente Dilma que, em resposta às críticas ao crescimento de 29% em 2013, afirmou que haveria queda neste ano.

Twiiter de Dilma no dia 19 outubro adiantou que haveria queda na divugação em novembro. Foto: Twtter/reprodução

No total, foram desmatados 4848 quilômetros quadrados (km2) contra 5891 km2 no ano passado. Esta é a segunda menor taxa desde o início da medição em 1988, acima apenas daquela divulgada no biênio 2011-2012, 4571 km2.

Veja série histórica abaixo:

Os dados, embora ainda passíveis de revisão pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), saem a poucos dias do início da Cúpula da ONU sobre Mudanças Climática – a COP20, que ocorrerá em Lima.

Ali, o Brasil poderá continuar argumentando que, ao evitar o desmatamento, é um dos países que mais contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

A surpresa aos números oficiais do desmatamento se deve à tendência de aumento no número de alertas de desmatamento, tanto aqueles medidos pelo governo – através do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) – como os da ONG Imazon – calculados pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD).

Muitos analistas ao observarem o aumento de cerca de 9% em ambos sistemas de alertas entre os meses de agosto de 2013 e julho de 2014, apostaram que haveria uma elevação na taxa oficial de desmatamento pelo segundo ano consecutivo.

Este blog, por exemplo, em post anterior arriscou um palpite de elevação de entre 7% e 8% utilizando a diferença média entre o Prodes e o Deter desde 2005. Erramos.

Tentando entender a razão, enviamos um email ao pesquisador Dalton Valeriano, do INPE, que nos respondeu com a seguinte explicação:

“O Deter geralmente tem a magnitude de taxa mais alta do que o Prodes e quando a magnitude é alta, digamos maior que 20%, o Deter prediz corretamente o sinal da taxa do Prodes. Ele errou em um ano quando sua magnitude foi de 17% de aumento e o Prodes deu diminuição. No ano de 2014, o Deter teve uma taxa de 9% de aumento, valor perigosamente baixo para predizer uma tendência do Prodes.”

O que Valeriano elucida pode ser visto no gráfico abaixo: os únicos anos em que o Deter subiu enquanto o Prodes caiu foram os 2011 e, agora, 2014.

Ou seja, reforça o argumento do governo de que os alertas de desmatamento nem sempre devem ser lidos como tendência.

A presidente Dilma não blefou quando antecipou a queda, pois, além da informação do INPE, sabia que o Ibama acelera a fiscalização nas principais áreas de pressão – BR 163 no Pará e Mato Grosso. A eficácia dos fiscais foi o fator mais destacado pela ministra hoje na coletiva de imprensa.

“Houve muita fiscalização – cada vez mais intensa e melhor”, analisa o pesquisador senior do Imazon Beto Veríssimo. No entanto, ele faz a ressalva:

“Essa queda é em relação a 2012-2013 quando o desmatamento total pelo Prodes foi cerca de 5,8 mil km2, mas é bom lembrar que ainda estamos acima do desmatamento 2011-2012 que foi cerca de 4,5 mil km2. Portanto, ainda não conseguimos reverter a taxa ao que havíamos obtido 2011-2012”.

A questão que fica diz respeito já sobre a nova temporada de contagem do desmatamento. O goveno não divulgou ainda os dados do Deter de agosto a outubro. Mas o Imazon sim.

“Os dados do SAD que mostram aumento de 226% se referem ao período de agosto -outubro 2014 e, portanto, nova estação de desmatamento. Os dados do Prodes divulgados são retrovisor”, pondera Beto Veríssimo.

Os dados do governo e do Imazon podem ser comparados no mapa abaixo


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