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Arquivo : Manaus

O homem que quer levar a medicina indígena para todo o mundo
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Gustavo Faleiros

Por Gustavo Faleiros, de Manaus

João Paulo Barreto tem uma fala mansa e, sob um bigode ralo, sempre um sorriso. A conversa, entretanto, é bastante direta: ele responde às perguntas mantendo os olhos nos olhos. A frase favorita deste Tukano de 45 anos parece ser “vamos falar de igual para igual”.

Doutorando em antropologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), João Paulo é um dos mais sonoros porta-vozes da medicina e dos conhecimentos indígenas. Sob sua coordenação, alguns kumuãs (pajés) de povos Tukano e Tuyuka passaram a atender pacientes (índios ou não) em pleno centro histórico de Manaus. Continue lendo ➔


Manaus deve ter uma das maiores cheias da história em 2017
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Alerta da CPRM deve ser divulgado nesta sexta-feira e, ao que tudo indica, nível do Rio Negro deve passar dos 29 metros

Por Vandré Fonseca

O alerta de cheias para o Rio Negro, em Manaus, deve confirmar que 2017 terá uma das dez maiores cheias já registradas em Manaus, com a cota acima dos 29 metros. Em média, desde que começou a ser medido, em 1902, o nível do Rio Negro no município atinge 27,87 metros no pico da cheia, que ocorre normalmente no mês de junho. A previsão será divulgada nesta sexta-feira (31) pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Confira o nível atual do Rio Negro em Manaus:

Nesta quinta-feira, o Negro chegou a 27,19 metros e ele deve continuar a subir até meados de junho, quando então começa a vazante e as águas recuam. Os sinais de uma grande cheia são dados pelo comportamento dos rios Solimões e Juruá, no oeste de Amazonas. Por lá, as águas já estão bem acima da média, impulsionadas por chuvas que ocorreram nas cabeceiras na Cordilheira dos Andes.

Quatro municípios da calha do Rio Juruá, no oeste do estado, estão em situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil. Em Guajará, Ipixuna, Eirunepé e Itamarati, já são 5.970 famílias afetadas. Outros dez municípios banhados pelo Juruá e Solimões estão em alerta. A Defesa Civil está atenta também ao comportamento do Rio Amazonas entre Manaus e a divisa com o Pará.

“A grande onda de cheia já foi criada pelas chuvas de fevereiro”, afirma o superintendente da CPRM, Marco Antônio de Oliveira. “Agora, o Solimões já está com nível alto e o Negro também. Tudo isso contribuiu para uma grande cheia aqui em Manaus”, completa.

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Uso do gás natural reduz poluição provocada pela cidade de Manaus
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Por Vandré Fonseca

A substituição de óleo combustível e diesel em termelétricas de Manaus significou uma redução 73% na poluição provocada pela queima de combustíveis fósseis pela cidade. A troca do combustível resultou também na diminuição em 55% na emissão de gases de efeito estufa (metano e dióxido de carbono). A conclusão é de um estudo em discussão na revista científica Atmospheric Chemistry and Physics dos pesquisadores da campanha científica Green Ocean Amazon, a GoAmazon.

Sem o gás natural, Manaus emitia 16 toneladas de monóxido de carbono (CO) e 129 toneladas de óxidos de nitrogênio (NOx) por dia. Em 2014, quando 65% da geração das termelétricas era movida a gás natural, estes números caíram para 12 toneladas e 52 toneladas por dia, respectivamente.

A usina termelétrica Mauá, em Manaus, é uma das fontes de energia da cidade. Foto: Divulgação

Ambos os gases são tóxicos. O CO se combina com a hemoglobina no sangue, reduzindo o transporte de oxigênio para as células. Em grandes concentrações pode ser fatal. Em baixas, causar dores de cabeça enjoos e outros sintomas. Já os óxidos de nitrogênio têm efeitos diversos. O dióxido de nitrogênio, por exemplo, pode provocar problemas respiratórios, irritações em olhos, garganta, nariz e outros órgãos.

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Rios de Manaus passam a ser monitorados contra enchentes
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Acompanhamento em tempo real promete ação mais rápida na prevenção de desastres contra a população que vive perto dos principais igarapés da cidade

Por Vandré Fonseca

Os níveis de dois dos principais igarapés que cortam Manaus (AM) podem ser acompanhados em tempo real desde o dia 21 de novembro no site do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). As informações são coletadas por três Plataformas de Coleta de Dados Hidrológicos (PCDHidro) instaladas em parceria com a Defesa Civil do município. Os dados devem, agora, servir de base para a criação de um modelo que, no futuro, vai avisar com antecedência os moradores da região sobre riscos de cheia.

Além de um radar que monitora o nível do rio e a quantidade de chuva, as plataformas possuem câmeras que permitem acompanhar os rios em tempo real pela internet. As imagens, atualizadas a cada hora, ajudam a verificar enxurradas, erosão nas margens e alagamentos. Os dados são enviados à Brasília pelo sistema de telefonia celular. Os equipamentos contam, ainda, com painéis solares, que garantem energia para funcionamento ininterrupto.

Mapa interativo do Cemaden mostra localização das estações

Mapa interativo do Cemaden mostra localização das estações

As informações já estão disponíveis em um mapa interativo, onde estão indicados os locais onde as estações foram instaladas. Ao clicar em cima de cada ícone georreferenciado, uma página com gráficos sobre chuvas e nível do rio, além de imagens das câmeras, é aberta. É possível, ainda, fazer download dos dados na plataforma.

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Fumaça das queimadas de outubro em Manaus foi vista do espaço
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Por Daniel Santini

A combinação de calor, tempo seco e novas queimadas na região do entorno de Manaus fez com que o município ficasse rodeado por nuvens de fumaça durante outubro. Por conta da poluição, doze municípios da região tiveram decretada situação de emergência. Imagens do sistema Landsat, da Nasa, permitem visualizar como o horizonte ficou cinza nos últimos dias do mês, no auge da estação mais quente da região norte do Brasil.

Na imagem de satélite de 31 de outubro dá para ver nuvem de fumaça perto da cidade

Na imagem de satélite de 31 de outubro dá para ver nuvem de fumaça perto da cidade. Foto: Landsat/Nasa

Registro feito pelo sistema em 31 de outubro permite visualizar uma mancha de poluição perto da cidade. Vale acessar o sistema e afastar o zoom para ter uma dimensão melhor do tamanho da nuvem cinza clara que cobre área vizinha à da cidade. “Dá para notar que a fumaça é em um nível mais baixo, não tão bem definida como as nuvens”, aponta Oton Barros, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Integrante do núcleo de Resposta Rápida da Coordenação de Observação da Terra, do INPE, ele monitora as imagens.

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