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Arquivo : Tapajós

Amazônia extrema: sem chuva, ribeirinhos são obrigados a se adaptar
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InfoAmazonia

Vivendo às margens do Rio Tapajós, na Amazônia paraense, Maria do Socorro caminha até oito vezes por dia para buscar baldes de água no lago mais próximo da sua casa, mas, com a seca, a água fica tão suja que não serve para o consumo humano. Para beber, tem que ir até a casa de uma vizinha que tem um poço artesiano e pedir água. FLAVIO FORNER/XIBÉ/INFOAMAZONIA

Vivendo às margens do Rio Tapajós, na Amazônia paraense, Maria do Socorro caminha até oito vezes por dia para buscar baldes de água no lago mais próximo da sua casa, mas, com a seca, a água fica tão suja que não serve para o consumo humano. Para beber, tem que ir até a casa de uma vizinha que tem um poço artesiano e pedir água. FLAVIO FORNER/XIBÉ/INFOAMAZONIA

O clima está mudando na Amazônia. Os eventos extremos, de forte seca ou muita chuva, estão cada vez mais agressivos e as populações locais têm sido forçadas a encontrar novos meios de sobreviver com um clima cada vez menos previsível. No meio da Amazônia paraense, os ribeirinhos das margens do Rio Tapajós são alguns dos mais impactados.

A equipe do InfoAmazonia esteve na região no fim de 2015 e ao longo de uma semana visitou comunidades ribeirinhas e sobrevoou a Floresta Nacional do Tapajós. A estiagem naquele momento fora muito além do normal: 120 dias sem uma única gota de chuva na região.

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Edinelson Fonseca, 62 anos, nasceu e foi criado na comunidade do Jamaraquá. Enquanto avista o rio ao longe, sentado na praia, ele conta em tom nostálgico sobre épocas de temperatura mais frescas, árvores frutíferas mais carregadas e os rios mais fartos em peixes.

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Comunidades do rio Tapajós passam a monitorar qualidade d’água com sensor
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Giovanny Vera

Instalação do Mãe d’Água nos Microssistemas de Abastecimento para comunidades do Tapajós. Foto: InfoAmazonia

Você sabia que 73% da água doce do Brasil está na Amazônia? Mas que, no entanto, o índice de água tratada nessa região é aproximadamente 22% inferior ao resto do Brasil?

Tendo isso em mente, o Projeto Rede InfoAmazonia desenvolveu, com apoio do Desafio Google de Impacto Social, um sistema de monitoramento de baixo custo que analisa a qualidade da água para o consumo humano na Amazônia. Também estamos criando uma rede de monitoramento articulada com as comunidades. Os dados sobre a água coletados pelo sensor Mãe d´água  serão mostrados em tempo real no site do InfoAmazonia e alertas serão enviados aos consumidores através de SMS.

“O que fazemos é monitorar essa água que não é tratada, uma água que as pessoas coletam em diversas fontes, como poços, cacimbas ou mesmo diretamente do rio”, explica VJ pixel, coordenador do Rede InfoAmazonia. “Consideramos que o nosso projeto é relevante justamente para dar informação para as pessoas sobre a água que elas estão consumindo”, agrega.

Cartazes nas comunidades do Tapajós e nas vilas de Santarém e Belterra onde foram instalados os sensores Mãe d´água. Crédito: InfoAmazonia

Durante o mês de outubro, a equipe do Rede InfoAmazonia esteve na região do Baixo Tapajós, Pará, para realizar oficinas de treinamento para a instalação e manutenção dos sensores em Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos. Em total foram instalados sensores em 18 pontos destes municípios, tanto em comunidades, em aldeias e em cidades.

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InfoAmazônia faz oficinas com ribeirinhos na região do Tapajós
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Giovanny Vera

A Rede InfoAmazônia iniciou operações do projeto de monitoramento da qualidade da água com três oficinas con comunidades ribeirinhas em Santarém e Belterra. O próximo passo será a instalação de sensores de baixo custo criados pelo projeto.

Santarém, cidade do estado do Pará, é uma pacata testemunha do longo namoro entre dois deuses da Amazônia. Dois rios que com seus meandros brincam entre a floresta por milhares de quilômetros. É frente a este auditório, de quase trezentos mil espectadores-habitantes, que acontece o encontro final de dois dos maiores rios do planeta, o Tapajós e o Amazonas, que seguem juntos, agora dando mais vida a um rio ainda maior, que dali segue até o oceano Atlântico. Como sempre, na Amazônia, os rios são determinantes para a vida, ou para a morte.

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